O Rio de Janeiro, cidade onde os casos de coronavírus não param de crescer, é palco nesta tarde chuvosa de terça-feira de um ato contra a vacinação obrigatória.
Com o auxílio de um carro de som, manifestantes reunidos em frente à Câmara dos Vereadores da cidade, na Cinelândia, bradam “fora vachina (sic)” e outras palavras de ordem que fazem voltar aos tempos da “Revolta da Vacina”, aquela de 1904 quando a turma não queria ser vacinada contra a varíola.
Alguns manifestantes trajam a bandeira do Brasil e, numa das imagens enviadas por um colaborador do Radar, é possível ver uma manifestante que traja uma camisa do “Aliança pelo Brasil” — o quase partido de Jair Bolsonaro.

Cartazes que pedem “não à vachina (sic) obrigatória” e protestam contra um “novo lockdown” foram colocados no Palácio Pedro Ernesto, sede do legislativo local.
A explicação para a ira carioca contra o imunizante chinês deve estar no anúncio feito pelo prefeito eleito do Rio, Eduardo Paes, nesta semana: após se reunir com o governador de São Paulo, João Doria, assinou um termo de cooperação com o Instituto Butantan para a aquisição da CoronaVac, desenvolvida por um laboratório chinês.
Vale lembrar que na semana passada o STF decidiu que vacinação obrigatória não significa vacinação forçada contra a Covid, mas que sanções podem ser estabelecidas contra quem não se imunizar.