No último domingo (7), uma idosa de 60 anos que aguardava o procedimento na cidade morreu após ser transferida para outra unidade de saúde. Pacientes aguardam por hemodiálise em hospital municipal de Hortolândia
Reprodução/EPTV
Hortolândia (SP) informou nesta nesta quinta-feira (11) que vai oferecer tratamento de hemodiálise para internados em UTIs no Hospital Municipal e nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). A medida ocorre após pacientes com Covid-19 com necessidade do procedimento ficarem na fila de transferência para outros hospitais pela falta do serviço na cidade.
No último domingo (7), Faina Maria Vicente, de 60 anos, morreu após ser transferida para o Hospital Emílio Ribas, na capital, para passar por hemodiálise. A idosa aguardava o tratamento desde o dia 27 de fevereiro na UTI do Hospital Mário Covas.
Em nota, a prefeitura informou que “o atendimento emergencial terá duração enquanto permanecer a situação de agravamento da pandemia”, explica.
Segundo a pasta, após o término da situação emergencial, o serviço de hemodiálise volta a ser realizado na modalidade ambulatorial e os casos de alta complexidade voltarão a ser regulados apenas pelo governo do estado.
‘Não pode ser adiado’
Segundo a médica nefrologista do Hospital PUC-Campinas, Josiane Mendes, nos casos em que há insuficiência renal, a hemodiálise é um procedimento que não pode ser adiado. Para pacientes em estado grave, o prazo máximo de espera é de 72 horas.
“Quando os rins não estão funcionando corretamente, esse paciente tem um risco maior de morte e isso pode acontecer em poucos dias por conta de acúmulo de líquido e toxinas no organismo, que vão acabar causando vários problemas em vários órgãos, principalmente no coração, causando arritmia, parada cardíaca e óbito”, explica.
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