Apesar de liberadas pelo governo estadual, atividades presenciais em escolas públicas e particulares foram suspensas nas duas cidades diante do aumento de casos e pressão por leitos. Ato em Campinas (SP) pedindo volta às aulas presenciais teve início na Lagoa do Taquaral
Wagner Souza
Campinas (SP) e Valinhos (SP) registraram, neste domingo (7), carreatas pedindo pela volta às aulas presenciais na fase vermelha. Apesar de prevista no decreto do estado, as atividades presenciais em escolas públicas e particulares foram suspensas nos dois municípios – os chefes do Executivo têm autorização para endurecer as medidas previstas no Plano SP contra a Covid-19.
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Em Campinas, o ato organizado por pais que pedem a liberação das aulas presenciais teve início na Lagoa do Taquaral e percorreu ruas do Cambuí e da região central, até a Avenida Anchieta. Segundo a organização, foram 6,5km percorridos.
Andrea Ferraz, uma das organizadoras do “Movimento Escolas Abertas”, disse que a intenção da carreata era chamar a do secretário de Educação e do prefeito para o pedido. “Nossas crianças necessitam o retorno às aulas, claro, obedecendo os os protocolos de segurança. E pedimos que os professores sejam incluídos no grupo prioritário da vacinação”, diz.
Em Valinhos, a saída do protesto realizado por pais da cidade foi no portão principal do parque da Festa do Figo, seguiu até a prefeitura e voltou ao ponto inicial, em um trajeto de 2,2 km.
Nas duas cidades o ato foi acompanhado pelas Guardas Municipais, que não registraram ocorrências.
O que dizem as prefeituras?
A prefeitura de Campinas informou, em nota, que a decisão de suspender as atividades presenciais em escolas foi tomada a partir de consenso da equipe de Vigilância em Saúde, da Rede Mário Gatti e das secretarias de Saúde e Justiça diante do aumento de internações e casos graves da doença na cidade.
Segundo a administração, a decisão não é fácil, mas necessária para tentar reduzir a transmissão do novo coronavírus. Sobre a vacinação, a prefeitura lembrou que segue as diretrizes do Plano Nacional de Imunização (PNI), do Ministério da Saúde.
Em Valinhos, a administração informou que realizou uma reunião com pais e mães que pedem a volta às aulas e, nesse encontro, a prefeitura explicou que a situação da cidade é crítica, com falta de leitos. A assessoria destacou que a chefe de Executivo disse aos pais que fará uma nova análise da situação durante a semana, para saber se irá ou não manter as atuais medidas de restrição.
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