Segundo um levantamento do tribunal, 42.137 das 208.040 ações que ingressaram nas 153 varas dizem respeito à atividade econômica. Área de serviços diversos está em segundo no ranking. O TRT-15, em Campinas
Denis Simas / TRT 15
O setor da Indústria reúne 20% do total dos processos que entraram no Tribunal Regional do Trabalho da 15ª região (TRT-15), com sede em Campinas (SP), durante o ano passado. De acordo com um levantamento obtido pelo G1 com o órgão, 42.137 das 208.040 ações que ingressaram nas 153 varas trabalhistas dizem respeito à atividade econômica.
Segundo o balanço do TRT-15, que abrange 599 municípios do Estado de São Paulo, entre as reclamações relacionadas à indústria, 9.866 são de trabalhadores e empregadores das áreas metalúrgica, mecânica e de material elétrico. Outros 6.827 processos fazem parte da área de empresas alimentícias, bebidas e fumo, enquanto que 6.396 ações tratam de funcionários dos setor imobiliário e da construção civil.
Em 2020, o tribunal recebeu 208.040 casos novos, além de 2.520 sentenças reformuladas e 5.950 ações redistribuídas, totalizando 216.510 processos recebidos no 1º grau. Em comparação com o ano passado, houve uma redução de 13% na primeira instância. Deste número, 1,2 mil têm relação direta com a pandemia da Covid-19. Saiba mais aqui.
Outros setores
Além da indústria, o segundo setor com mais reclamações na área do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região é o de serviços diversos, como agências imobiliárias, condomínios, limpeza, segurança, vigilância e manutenção, com 29.558 processos, o que equivale a 15% do total de ações. Veja abaixo o ranking completo.
Setores com mais processos trabalhistas no TRT-15
“A concentração das indústrias brasileiras na Região Sudeste, sobretudo na região metropolitana de São Paulo, é um fenômeno histórico brasileiro. Da década de 1980 em diante aconteceu o que economistas e geógrafos chamam de desconcentração concentrada, com a migração ou a instalação de muitas indústrias no interior do estado, justamente na área que hoje é de jurisdição do TRT da 15ª Região. Por isso ainda há esse predomínio da indústria no número de conflitos trabalhistas”, explicou a presidente do TRT-15, Ana Amarylis Vivacqua de Oliveira Gulla.
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