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Diario de Campinas Notícias > Blog > Notícias > Campinas, 250 anos: memórias de um cronista sobre a ‘Princesa’ das travessuras, amores e boemia
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Campinas, 250 anos: memórias de um cronista sobre a ‘Princesa’ das travessuras, amores e boemia

Georgy Stepanov
Georgy Stepanov 16 de julho de 2024
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4 Min Read
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Jornalista, cantor e compositor, Zeza Amaral resgata a Campinas da compra em armazéns, do apito da Maria Fumaça, das brincadeiras infantis e do romantismo boêmio em crônica especial para o g1.

Campinas (SP) chega aos 250 anos neste domingo (14) como uma metrópole moderna, de 1,1 milhão de habitantes, mas a Princesa d’Oeste, como é carinhosamente conhecida, nem sempre foi essa Torre de Babel de ritmo frenético, que para muitos nem pode ser considerada uma cidade interioriana.

Há quem mantenha, na memória e em palavras, essa Campinas bucólica, da época de compras nos armazéns, do apito da Maria Fumaça, da brincadeira infantil em córregos e da boemia que inebriou amores e deixou saudades.

Para celebrar essa data marcante, o g1 contou com o talento de Zeza Amaral, jornalista, cantor e compositor responsável por retratar a vida cotidiana da metrópole em milhares de crônicas nas últimas décadas, e que resgatou da memória essa Campinas romântica, mais Princesa que metrópole. Confira:

À linda Campinas

“Durante décadas, dividi a minha vida em manhãs, tardes, noites e madrugadas. E foi numa manhã da minha infância, eu tinha então uns oito anos, que resolvi descobrir o que havia além dos muros da minha casa. Quando passei em frente do Armazém do Furian, que entregava a compra do mês lá em casa, ele me reconheceu e me levou de volta para as primeiras chineladas maternas.

A Maria Fumaça passava ao lado de casa e as pessoas do trem acenavam seus lenços das janelinhas. Meu primeiro amigo, o Tuca, me convenceu a pegar carona no trem, mas, as nossas calças curtas eram pequenas para acompanhar o trem e pisar sem alpargatas nas pedras que forravam os trilhos complicavam a aventura. Poucos anos depois ele morreu precocemente e eu desisti de descobrir o que havia no fim dos trilhos.

As tardes eu jogava futebol no campinho que a molecada havia capinado. Em dias quentes a gente nadava na Lagoa do Taquaral ou no córrego Serafim, a valeta que separava o Taquaral do Cambuí. E quem nos protegia dos perigos era uma certa princesa de Campinas.

E mais aventuras apareciam nas noites, as primeiras paixões, as primeiras cachaças e as primeiras serenatas e as primeiras fugas dos inspetores de quarteirão.

Tive uma namorada chamada Marluci e que morava em um prédio muito grande e antigo, bem em frente do Clube Regatas. Certa noite, num fim de férias, fui encontrá-la e ninguém atendeu a porta. A família havia se mudado para São Paulo e assim voltei pra casa com a boca seca, sem beijo e muito menos um abraço.

E foi a música que me acalantou naqueles tempos de saudade. E assim me tornei cantor do lendário restaurante Armorial, onde vim a conhecer a poeta Hilda Hilst, o escultor Dante Casarini, o pintor surrealista Jota Toledo, o tapeceiro Arturo Molina, o compositor Oswaldo Guilherme e um timaço de grandes boêmios. Eu já conhecia a Campinas da Princesa e as madrugadas terminavam ou no Bar da Linguiça ou na Adega Florence onde fazíamos longas e fartas tertúlias musicais.

Hoje eu caminho pelas pedras portuguesas da cidade e espionando os jardins das casas suburbanas e agradecendo a Campinas por ter me protegido nas minhas últimas sete décadas.

Parabéns, minha doce e bela Princesa. E não se esqueça de colocar a chave embaixo do capacho.”

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