O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil registrou um crescimento de 3,3% no segundo trimestre de 2024 em comparação com o mesmo período do ano anterior, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em relação ao primeiro trimestre deste ano, o PIB avançou 1,4%, superando as expectativas do mercado financeiro.
O aumento de 3,3% na soma de todos os bens e serviços finais da economia brasileira no último ano representa a 14ª alta consecutiva do PIB em comparação anual. A última queda foi observada no quarto trimestre de 2020, quando a economia ainda sofria os impactos da pandemia de Covid-19.
No segundo trimestre de 2024, a economia nacional cresceu pelo segundo trimestre consecutivo em relação aos três meses anteriores. O PIB subiu 1,3% entre abril e junho, após um aumento de 1% no primeiro trimestre, indicando uma recuperação após a estagnação no segundo semestre do ano passado.
Os setores de indústria e serviços foram os principais responsáveis pelo desempenho positivo, com crescimentos de 1,8% e 1%, respectivamente. No entanto, a agropecuária apresentou uma queda de 2,3%, perdendo seu protagonismo no período.
Na comparação anual, a indústria cresceu 3,9% e o setor de serviços, que representa quase 70% da economia nacional, avançou 3,5%. Por outro lado, a agropecuária recuou 2,9%, impactada por condições climáticas adversas que afetaram a produção de soja e milho.
Em termos de valores correntes, o PIB totalizou R$ 2,89 trilhões no segundo trimestre, um aumento de 6,4% em relação ao primeiro trimestre de 2024 e de 6,9% em comparação com o mesmo período de 2023. O mercado financeiro projeta um crescimento de 2,46% do PIB para o ano de 2024.
Os componentes do PIB pela ótica da demanda, como o consumo das famílias, as despesas do governo e a formação bruta de capital fixo, também apresentaram crescimento. Fatores como juros mais baixos, melhora no mercado de trabalho e maior disponibilidade de crédito contribuíram para esse cenário.
O PIB, que é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos em um determinado período, é divulgado trimestralmente pelo IBGE. A metodologia de cálculo foi iniciada em 1988 e passou por reestruturações em 1998 e 2015, com o ano de 2010 sendo a referência atual para os cálculos.