Calor e baixa umidade acenderam o alerta nas autoridades da metrópole.
Nos 13 primeiros dias de maio deste ano, Campinas (SP) teve 52% dos focos de incêndio registrados em toda a estiagem de 2023. Os dados foram obtidos por meio de imagens de satélite do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Veja os números:
2023 (entre maio e setembro): 191 focos de incêndio
2024 (de 1º a 13 de maio): 100 focos de incêndio
Segundo a Defesa Civil de Campinas, as altas temperaturas atípicas no outono foram um fator determinante para o aumento proporcional no índices de queimadas. Entre 1º e 13 de maio, os termômetros chegaram a bater 34°C.
“Num período em que deveríamos estar registrando baixas temperaturas, os índices têm ultrapassado 30°, isso tem reflexo direto no aumento dos focos de incêndio”, disse Sidnei Furtado, diretor da Defesa Civil.
Outro aspecto que contribuiu foi a baixa Umidade Relativa do Ar (URA). O número de alertas apontando o índice abaixo de 30% também aumentou.
2023 (maio inteiro): 2 alertas de baixa umidade
2024 (de 1º a 13 de maio): 6 alertas de baixa umidade
Medidas conjuntas
Os dados foram divulgados durante a primeira reunião da operação, nesta segunda-feira (13), em que foram sincronizadas as ações dos órgãos que compõem o comitê intersetorial, com o intuito de aprimorar a Operação Estiagem em relação ao controle e ao enfrentamento da redução, atraso ou ausência de chuvas.
Entre as novidades apresentadas para a edição deste ano, estão:
a contratação de brigadistas para a Mata de Santa Genebra;
ampliação das equipes do Corpo de Bombeiros que manterá um caminhão da corporação nas Áreas de Proteção Ambiental (APA) do Campo Grande e de Sousas/Joaquim Egídio, todos os dias.
Além disso, novos agentes de Defesa Civil foram admitidos, via concurso público, e irão integrar a equipe de combate. O grupo já passou pelo treinamento com o Corpo de Bombeiros, e passará a lhes dar apoio no combate aos incêndios.
A secretaria de Serviços Públicos informou que disponibilizou máquinas e equipamentos, como tratores e escavadeiras, para apoiar o Corpo de Bombeiros para o combate de incêndios e para a preparação de aceiros, faixas sem vegetação ao longo das cercas para prevenir a passagem do fogo para área de vegetação.
Também serão intensificadas as notificações dos incêndios registrados pela equipe de fiscalização da Secretaria do Clima, Meio Ambiente e Sustentabilidade (Seclimas) e da Coordenadoria de Fiscalização de Vielas e Terrenos (Cofivt).
O Seclimas também lançou um checklist para a identificação de se o incêndio foi intencional, se houve negligência ou alguma imperícia. Nele, os fiscais verificam se: