Uma família inteira na cadeia e um golpe milionário
Um homem, a mulher dele, dois filhos e a nora foram presos em São Paulo suspeitos de enganar empresários. A quadrilha se interessava por empresas à venda, faziam boas ofertas, assinavam os contratos e parcelavam o pagamento, mas era tudo uma farsa.
A Polícia descobriu o golpe pois, em pouco tempo, a quadrilha deixava de pagar os empresários, demitia funcionários e roubava até os móveis dos antigos proprietários do negócio. Acompanhe a reportagem!
Luxo e muito conforto. Era o refúgio de artistas e celebridades no início dos anos 2000. O spa eleito como o melhor do Brasil em 2007, hoje se encontra destruído.
Como é possível um lugar tão requisitado e luxuoso ficar em ruínas em tão pouco tempo? A empresária que construiu o spa em Itatiba, no interior de São Paulo, caiu num golpe. Ela foi enganada por uma família de empresários.
Trata-se de uma verdadeira organização criminosa que vem aplicando golpes na compra de empresas. Segundo as investigações a família Choumar age sempre da mesma forma. Procuram empresas que estão à venda, negociam valores e assinam um contrato elaborado pelos advogados deles. Este é o início do pesadelo das vítimas.
Para a Polícia, nos contratos elaborados continham armadilhas.
As vítimas entram com ações na Justiça Civil, mas os processos podem levar anos. Enquanto isso, a família começa a segunda parte do golpe.
Eles dilapidam toda a estrutura da empresa. Desfazem do estoque e demitem os funcionários com anos de empresa sem verbas trabalhistas.
De acordo com a Polícia, a família age de forma premeditada e com divisão de tarefas bem definidas.
Michel Boutros Choumar é o patriarca da família e tem três filhos: Allan Makary Choumar, Alex Makary Choumar e Charbel Choumar. Também fazem parte do esquema a atual esposa de Michel Boutros Choumar, Ellen Cristina de Freitas e a nora Laialy Sleiman Ghebar, casada com Allan Makary Choumar.
No inquérito policial, cinco empresas são citadas como vítimas do golpe da família. Humberto, ex-dono da empresa do ramo alimentício, Estrela do Oriente, passou tudo para o nome de Michel, mas não recebeu um real. Ele conta que a perda foi de R$ 35 milhões.
Mas não foi o único a perder muito com este esquema…