A Polícia Federal de Campinas (SP), em colaboração com o Ibama, está realizando uma operação significativa contra o comércio ilegal de animais silvestres pela internet. Nesta quinta-feira, 30 de janeiro de 2025, a operação, denominada Arca de Noé II, cumpre nove mandados de busca e apreensão em várias cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro. A ação visa desmantelar uma rede suspeita de comercialização de animais silvestres sem a devida autorização, um crime que representa uma grave ameaça à biodiversidade.
Nas primeiras horas da operação, os policiais conseguiram recuperar dezenas de animais que estavam nos endereços investigados. Entre os animais apreendidos estão cobras, lagartos e centenas de baratas exóticas. A ação destaca a seriedade com que as autoridades estão tratando o comércio ilegal de fauna, que não apenas prejudica a vida selvagem, mas também pode representar riscos à saúde pública e à segurança.
Os alvos da operação incluem cidades como Campinas, Guarulhos, São Paulo, Sorocaba, Votorantim, Rio Claro e Duque de Caxias. Até o momento da publicação da reportagem, ninguém havia sido preso, mas uma pessoa foi levada à delegacia para prestar esclarecimentos sobre as atividades ilícitas. A operação demonstra o compromisso das autoridades em combater o tráfico de animais silvestres e proteger a fauna brasileira.
As investigações que levaram à Operação Arca de Noé II começaram em 2024, após a prisão de um homem de 34 anos. Ele foi flagrado criando e mantendo ilegalmente em cativeiro 90 animais, incluindo cobras, aranhas, lagartos e tartarugas. A prisão ocorreu em 2 de abril do ano passado, durante a Operação Arca de Noé I, que já havia revelado a gravidade do problema.
Durante as investigações iniciais, os policiais descobriram que o suspeito estava comercializando os animais por meio das redes sociais. Isso levantou a suspeita de que ele fazia parte de uma rede mais ampla de contatos envolvidos na compra e venda de animais nativos e exóticos, sem a devida autorização. A PF agora busca identificar todos os envolvidos nessa rede e desmantelar suas operações.
Os investigados na operação poderão enfrentar diversas acusações relacionadas a crimes ambientais. O tráfico de animais silvestres é uma infração grave que pode resultar em penas severas, incluindo multas e prisão. A legislação brasileira é rigorosa em relação à proteção da fauna, e as autoridades estão determinadas a aplicar a lei de forma eficaz.
A Operação Arca de Noé II é um exemplo do esforço contínuo das autoridades para combater o comércio ilegal de animais silvestres no Brasil. A proteção da biodiversidade é uma questão crucial, e ações como essa são essenciais para preservar as espécies ameaçadas e garantir um futuro sustentável para a fauna brasileira. A colaboração entre diferentes órgãos, como a Polícia Federal e o Ibama, é fundamental para o sucesso dessas operações.
Em resumo, a operação realizada pela Polícia Federal de Campinas representa um passo importante na luta contra o tráfico de animais silvestres. Com a apreensão de diversos animais e a investigação de uma rede de comércio ilegal, as autoridades demonstram seu compromisso em proteger a biodiversidade e combater crimes ambientais. A sociedade também desempenha um papel vital na denúncia de atividades suspeitas, contribuindo para a preservação da fauna e a promoção de um ambiente mais seguro e saudável.